segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O sangue das rosas


Todas as pessoas que me deram rosas vermelhas, deram-me espinhos de brinde, decepcionaram-me de alguma maneira, sei que todo mundo decepciona, porém, eles fizeram mais do que isso. Nunca me dêem rosas vermelhas, essas me lembram sangue, logo, sofrimento. Dêem-me rosas brancas ou cores-de-rosa para eu me lembrar de que sou uma menina doce, pura e angelical, mesmo não sendo, ou se quiser, em precisa, não me dê nada, ou melhor, seu amor, seus suspiros  tenros, suas vontades, não preciso de um amor representado em objetos, só de gestos, dó de carinho.
Faça poesias, poemas, textos, arrume certos pretextos para me ver, as rosas murcham e sua beleza seca, as palavras são eternas, guardadas, lembradas. Dê-me segredos, confidências, uma convivência amiga, faça com que eu te dê conselhos, avisos, deixe eu ser o que você precisa.
Eu não preciso da sua existência, sua existência necessita de mim, eu me pergunto se quero você por simples conveniência e facilidade como antes e se eu me convenci de não querer você. Perdoe minhas lembranças ruins e minhas indecisões, é porque desaprendi a amar, a me apaixonar, mas se lembra das minhas flores e guarde um lugar para mim, talvez eu volte, não sei como, quando, ou se voltarei, não sei como fazer.
Por favor, não me dêem mais estas rosas vermelhas, essas melancólicas belezas me assombram, são meus fantasmas. Não seja quem me deu isto, só dê para mim o que posso te devolver, nunca me dê muito poder, posso me tornar tirana, saiba me levar, conduzir e agir. Porque muito sangue e abundantes lágrimas aquela rosa soube me dar, como ninguém jamais fará. Nunca se sabe o tamanho da facada por trás de uma rosa.
PS: Escolhi a foto as pressas, nem estou em casa :/

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