O carnaval da nossa tristeza só começou, esse conjunto de palavras lamentando o destino de ser assim e desejando um milagre. Que a minha água não destrua seu fogo, que os opostos se atraiam, desejo isso e me sufoco por causa da sua indiferença que parece me atingir e ainda me lembro do seu biquinho esporádico no meio das conversas.
Seu canto no sofá está ocupado por uma almofada, para mim, você está lá, enquanto me sento de lado para te ver melhor, como se fosse uma miragem no meio das imagens mais loucas da madrugada, e quero tanto isso. Jogo o caderno nesse canto, é como se eu dissesse: "leia o novo texto que escrevi pra você, lindo". E sair correndo cheia de euforia adolescente e medo.
Escuto a orquestra na TV, não é tão bom como as músicas que você manda pra mim, mas serve pra me lembrar de você. E me sinto tão solitária com essa taça doce de sobremesa que comi. E ainda quero te beijar para depois arrumar seu piercing, mexer com você, fazer você sentir o amor que nunca teve.
Eu queria fazer parte da sua vida, conhecer cada hábito, cada vício, cada propósito, cada dor, saber dizer o que fará de manhã à noite, desejar dominar a sua profundidade.
Será que você já sonhou com isso também? Ou é um jogo de ilusões da minha mente? As maravilhas que vejo em você, ninguém mais vê. Queria que seu universo fosse igual ao meu, mas não é possível, podemos juntar os dois, um dia, quem sabe.
Foto de magneticheart's flickr
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