quarta-feira, 2 de março de 2011

Abjetos

Nós, seres humanos, somos animais como todos os outros. A diferença é que temos inteligência o suficiente para controlar os nossos instintos, disfarçar os nossos pudores e fedores e esconder o que sentimos. Somos animais enrustidos por nossa própria natureza, às vezes, rasgamos a nossa fachada de humanidade e viramos animais selvagens, mostramos nossa real natureza sangrenta, nossos instintos, quem somos.

Os animais matam pela sobrevivência, nós, simplesmente matamos para nos sentirmos superiores em relação ao outro, este sentimento alimenta o consumismo, ter só para rir da cara do outro, a arrogância, a falsidade e fazer com que cresça maldosamente o ego do ser humano.

Nesta sociedade capitalista, os sentimentos estão banalizados, falar “eu te amo” hoje em dia, é quase a mesma coisa que falar bom dia, fala-se eu te amo até pra quem não se conhece, e nos esquecemos de realmente amar. E são nestes sentimentos disfarçados que mostram nosso real lado, nosso lado verdadeiro, fingimos sentimentos, ações e desejos. Fingimos, por isso não somos animais comuns, somos hipócritas por natureza, somos desonestos até com nós mesmos, nos iludimos. Parecemos civilizados e superiores, mas por dentro somos apenas uma carne podre sujeitos a todo tipo de sorte ou azar, de instintos carnais que nos rendem cada vez mais.

Quem sabe se não somos mais animais do que os próprios?

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