Ele me amou durante os quinze segundos de novidade, depois dessa ilusão, eu tomei o choque de realidade e ela se dissipou dentro do meu corpo com sua eletricidade, não me importei e nem me importo, e ele nem deve mais pensar nisso. Porém ele é um pesadelo constante, instantâneo, o seu surgimento na minha mente é rápido, se pensamentos fossem concretos, eu os queimaria, mas acho que surgiriam como sempre e novamente.
Novidades só funcionam enquanto é novo, depois que envelhecem são apenas itens que se acumulam, perdidos. Podem serrenovadas ainda e se tornando renovidades, mas não é tão excitante como antes.
Eu deveria aprender que as coisas mudam, o tempo muda e as pessoas também, eu deveria acreditar mais em mim mesma, algo que não fiz várias vezes.
Depois que a euforia passou, ficaram apenas os sentimentos, então me dei conta de que eles existiam e estavam dentro de mim, adormecidos, deixam-me em uma constante montanha russa emocional entre tristeza, alegria e euforia.
Há linhas nos textos que não podem ser queimadas ou apagadas, pois mesmo assim fixam-se na mente e não consigo ou não posso fugir, só quando eu o esquecer ou se acontecer o que quero: o abstrato se tornar real, busca incessante da vida. Que as meras ilusões se tornem um surrealismo concreto e que os desejos se tornem verdade.