Agarro você nos meus braços para não cair nesse buraco da solidão. Apesar de que, sou uma mestre na arte de me aprofundar em afundar. Ainda peço um cigarro para ir mais baixo, sou a peça de mais um jogo, e peço fogo para queimar essa coisa maldosa, fogosa, meio dengosa.
Armas apontadas para mim, poderosas, sinto um querer, algo mais além, quente, latente. Pensar nas nossas indelicadezas faladas, ver um mundo colorido em preto-e-branco e pedir tanto, sabe?
Ver uma escuridão, e ter medo e fugir do que te assombra e daquilo que gosta ao mesmo tempo, a ligação entre seres humanos é um medo, cheia de erros, de sentimentos, de vontades, mas precisamos disso.
Nos seus braços, eu podia sentir, ser, fazer o que quiser, até voar, levitar, se possível. Porque eu me movia com você, éramos a música do mundo, nossa alegria nos fazíamos insanos, o paraíso das estrelas, nosso amor é só aquele ali, não pode ser mais nada, não pode ultrapassar aquela fronteira, aquele limite. Mas mesmo assim, sou feliz de poder te sentir junto a mim.
Pelo menos, o seu brilho me ilumina quase todos os dias, é tão bonito, só essa carência é triste, porém, passa, tem que ser desse jeito, criatura que faz meus dias amáveis, como você é. Enquanto mergulho em ilusões e você é uma delas.
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